segunda-feira, 15 de julho de 2013

E a sua criatividade, de onde vem?

Por Camila Alves

Eu costumo me inspirar com as pequenas coisas. Ou costumo ficar feliz com as pequenas coisas e essa felicidade me inspira. Seja para imaginar uma peça, para desenhar, escrever um texto ou inventar moda, literalmente.

Ao mesmo tempo em que sou toda organizadinha, reta, lógica, sou sonhadora, buscadora de respostas e ideias. Algumas vezes, falta foco, e o voo é alto. Outras vezes, o foco é tão determinado que falta flexibilidade para olhar um pouquinho mais adiante e encontrar a resposta. Lembra-se dos quadrinhos 3D, onde só se enxergava o desenho se olhasse além? Pois é. É assim mesmo.

criatividadeAlgumas vezes, a criatividade está tão latente que chega a ser impossível encontrar a resposta. É preciso meditar, assentar o pensamento e ouvir o coração. Nessas horas, chega resposta de coisa rara, de pergunta difícil, de problema travado. Dá vontade de colocar a criatividade em potinhos e sair por aí vendendo ideias para todos os gostos possíveis.

Outras vezes, ser criativo é uma necessidade. É profissional, é intencional. E é claro que existem artifícios para isso. Uma música, um lugar especial, a lembrança de alguém especial. É como um ator, que pega no seu baú o clique para o choro sincero em cena. Nem sempre é fácil. Mas a gente que cria treina para isso. Treina aprender a deixar a história fluir e encontrar seu próprio caminho. Treina aprender a deixar o ego de lado para sobressair a criação, porque nem sempre (principalmente em se tratando do ambiente profissional) ela nos representa.

Talvez por isso seja difícil para mim, por exemplo, seguir um gráfico de uma peça em tricô. Sou imensamente mais feliz quando cada carreira é descrita ponto por ponto. Gráfico me confunde, e por mais que eu preste atenção, e isso já tenha sido inúmeras vezes testado e comprovado, eu me perco.

Mas sou persistente. Me perco, erro, desmancho e começo o trabalho outra vez, quantas vezes for. Sem raivinha, sem descontentamento comigo mesma, sem tristeza. Desmancho e pronto. Começo de novo.

Aliás, a vida é assim, né? A gente acerta, erra, tem caminhos já reconhecidos, outros novos e difíceis de trilhar. Tem momentos, buscas, sonhos e realizações. E se cada vez que a gente errasse, desistisse, não chegaria a lugar nenhum nunca. Nem no lugar de saber que de repente, a estrada é outra.

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