domingo, 5 de maio de 2013

Uma criação única

Clara participou da fundação do grupo Tricoteiras de Sampa. “Foi o primeiro grupo organizado via internet do país”, orgulha-se
Texto: Iris Alessi
 


[caption id="attachment_178" align="alignleft" width="210"]perfil_clara_ceci Clara Quintela e a gata Cecília - Crédito: Arquivo pessoal[/caption]

Clara Quintela não aprendeu a tricotar com nenhuma pessoa da família. Natural de Fortaleza no Ceará, ela teve seu primeiro contato com a técnica numa biblioteca, mas sem a orientação de outras pessoas, a curiosidade acabou parando ali mesmo. Já adulta, quando se mudou para São Paulo recebeu o convite de uma amiga para participar de um encontro de tricoteiras. No encontro a influência do crochê, técnica mais comum em sua terra natal, foi mais forte. Clara levou uma agulha de 3mm e um fio de algodão. Foi lá que ela aprendeu a fazer o ponto jérsei. Depois do encontro foram 4 cachecóis em um mês.

Clara participou da fundação do grupo Tricoteiras de Sampa. “Foi o primeiro grupo organizado via internet do país”, orgulha-se. A partir disso ela começou a se envolver em diversas atividades relacionadas ao tricô. Clara é jornalista formada, mas dois anos depois de graduar-se percebeu que jornalismo não era a área dela. “Gosto de escrever, sei me comunicar, mas o dia-a-dia do jornalismo não era o que eu queria. Mas naquele tempo não tinha outra opção e fui trabalhar”, recorda.

O tricô, que era apenas um hobby, ganhou importância na vida dela e, com a mudança para o Canadá, trabalhar com o jornalismo seria mais complicado. Foi aí que o tricô e outras atividades relacionadas à técnica, como fiar, passaram a ser profissão. “Para muita gente, tricotar é um jeito de relaxar, de ficar zen. Para mim, é um desafio. Sempre foi. Nunca foi uma coisa tranquila, muito menos um jeito de desestressar. Pelo contrário!”, salienta.

[caption id="attachment_186" align="alignright" width="225"]Crédito: Arquivo pessoal Crédito: Arquivo pessoal[/caption]

Atualmente, Clara dá aulas de tricô online e presenciais, cria e vende receitas, além do mergulho no mundo das fibras. “Hoje tinjo, cardo e fio meu próprio material de trabalho.”

Mas demorou perceber que aquilo que fazia por prazer também poderia ser uma fonte de renda. "No começo, tudo meu era de graça. Aulas, explicações, receitas. Fazia por mim, porque eu queria aprender e porque gosto de dividir informações", explica. Para Clara, o investimento que ela faz nessa nova atividade não gerou apenas a oportunidade pessoal de conhecer coisas diferentes mas deu chance de outras pessoas conhecerem técnicas e produtos diferentes.

Para ela, quem mais ganha com tudo isso não são os seus alunos ou quem compra uma peça, mas ela mesma. "Cada etapa do processo de confecção, é um novo aprendizado". Clara atualmente participa de quase todas as etapas do processo de produção de uma peça, já que ela mesma fia e tinge as suas lãs.

Conheça todo o trabalho de Clara em seu site: http://www.claraquintela.com/
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2 comentários:

  1. Nada mais justo do que fazer o seu trabalho valer, ter reconhecimento. Isso aquece o coração e nos impulsiona!

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