Tricô: parte da vida

O reencontro com o tricô foi depois de ter encomendado uma blusa para uma pessoa, cujo resultado não foi o esperado por Sandra

Texto: Iris Alessi

[caption id="attachment_171" align="alignright" width="210"] Sandra Baroni e seus fios - Crédito: Arquivo pessoal[/caption]

O tricô entrou na vida de Sandra Baroni aos sete anos de idade. Foi sua mãe que lhe ensinou a técnica. "O engraçado é que ela me ensinou a fazer tricô mesmo sem gostar de fazer, ela gosta mesmo é de crochê, e ensinou o que ela aprendeu: fazer meia torcido e aumentar apenas com laçadas", revela Sandra.

Demorou um tempo para que ela percebesse que o meio que fazia era invertido que existiam outras formas de fazer aumentos. Apesar de sempre ter sido a técnica manual preferida de Sandra, o tricô só voltou a fazer parte da vida dela realmente depois do casamento. Nesse meio tempo, ela sentiu falta “louca” de fazer tricô durante a faculdade. Era um domingo e ela não tinha agulha e nem linhas. Como não havia nada aberto na cidade a vontade teve de ficar para depois. “Só fui descobrir 1 ano depois quando fui fazer minha mudança que tinha levado meu tricô para lá e ele estava escondidinho no guarda roupa”, completa.

O reencontro com o tricô foi depois de ter encomendado uma blusa para uma pessoa, cujo resultado não foi o esperado por Sandra. Naquele momento ela decidiu que poderia fazer melhor que o que ela tinha encomendado. E foi numa nova mudança que o tricô fez a diferença na vida dela. “O tricô me ajudou numa fase deprimida e que estava muito sozinha, conheci pessoas que tinham agulhas circulares, fios importados, me mostraram o que era lã, técnicas diferentes, fazer tudo sem costura, fiquei encantada e entrei de cabeça.”

[caption id="attachment_184" align="alignleft" width="300"] Os fios tingidos por Sandra Baroni - Crédito: Arquivo pessoal[/caption]

Hoje, além do tricô e do desenvolvimento de softwares, Sandra mergulhou no mundo dos fios. Ela trabalha com tingimento de fios e abriu a própria loja virtual, a Tricô Tricô Fios. E foi o desgosto com a profissão que a fez procurar outro caminho. “Demorei 30 anos para descobrir o que realmente gosto de fazer, e quando se descobre isso, parece que o desgosto com o que você está fazendo e não gosta cresce.”

O mundo virtual foi muito importante para essa descoberta. Afinal, foi vendo que muitas blogueiras de fora eram bem sucedidas tingindo fios que ela percebeu que também poderia fazer. O resultado desse investimento é jogo de ganha-ganha com o consumidor. “Eu ganho pelo fato de poder fazer algo que eu amo, que me realiza, poder ter ideias e colocá-las em prática, ter o reconhecimento pelo meu trabalho, receber tantos elogios e ver a satisfação das clientes, ver peças sendo tecidas com os meus fios, além, claro que poder ganhar algum dinheiro com tudo isso. Por outro lado quem compra os meus fios ganha por poder ter em suas mãos um produto feito com carinho, em cores exclusivas, que pode ser tricotado para fazer peças originais e únicas”, finaliza.

 

Conheça os tricôs e os fios de Sandra aqui: http://tricotrico.com/
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