quarta-feira, 4 de setembro de 2013

TRANSFORMAÇÕES: são necessárias? Quando é hora?

Por Roberta Bronaut

Olá gente linda e talentosa!

Outro dia, contei no Super Talentosas a história de uma banqueta que resgatei da rua e que ganhou uma nova oportunidade com alguns materiais e um pouco de boa vontade. Quem quiser relembrar, basta dar uma olhada aqui.

BanquetaPara muitas pessoas a reciclagem já é algo bem presente na rotina de casa, do trabalho. Está muito bem (felizmente!), adaptado a nossa vida esta nova forma de “olhar” para as coisas e para o futuro.

E quanto a nós, seres humanos, será que precisamos nos reciclar?  E se precisamos quando identificar que chegou o momento?

A resposta para a primeira pergunta é “sim”, precisamos estar muito atentos e constantemente abertos para rever a nossa forma de agir e pensar. Vê lembra como era a sua vida há 10, 20 ou mais, anos atrás? Era diferente, não é?  Muito diferente.

Você, sua família, eu e toda a sociedade “evoluímos”, nos adaptando ou reciclando os conceitos que tínhamos até então.

No cinema era muito sexy uma mulher fumando, para oferecer um dos muitos exemplos do quanto os nossos conceitos se modificaram. Seguramente, você conhece alguém que teve que adaptar-se, reciclar os seus conhecimentos, ao mercado de trabalho por exemplo.  Onde estão os datilógrafos? Os ascensoristas? As telefonistas?  Estas pessoas precisaram reciclar a sua postura ante ao mercado de trabalho, adquirir novos conhecimentos e avançar rumo a novas e desafiadoras oportunidades.

E não é diferente nos relacionamentos. Em nossa casa, entre nossos amigos, junto aos clientes e fornecedores tivemos mudanças (positivas e outras nem tanto) que mudaram definitivamente a forma como estas relações se sustentam.

Para o artesão estas mudanças foram inúmeras e altamente impactantes. Vou citar apenas uma delas: a internet. O acesso à rede mundial de computadores descortinou um mundo novo para muitas áreas, mas acredito sim, que nenhuma delas pôde beneficiar-se tanto quanto o mercado do artesanato.

De uma forma breve, podemos afirmar que atualmente o artesão pode aprender, aprimorar e conhecer técnicas; pode comprar e conhecer novos itens para fazer artesanato; pode divulgar, oferecer e comercializar a sua produção; pode manter um canal de comunicação com clientes, fornecedores e outros artesãos; conhecer os eventos e oportunidades do setor que existem no Brasil e no exterior; para citar apenas algumas possibilidades.

Se tivemos ganhos (e são muitos) é bem verdade que devemos estar atentos aos prejuízos. Sim, eles também existem.

Não podemos esquecer de forma alguma que o principal diferencial do artesanato é o afeto contido em cada item. Afeto é contato. Afeto é exclusividade. E é com esta postura que precisamos oferecer o trabalho e especialmente atender quem deseja adquirir a produção artesanal.  No universo digital é frequente que sejamos breves, acostumados até a abreviar as menores palavras, mas cuidado: é necessário ter muito claro em que ambientes podemos adotar esta prática.

Outro dia solicitei a uma moça que me enviasse uma relação descritiva dos docinhos que ela produz para eventos.  “Entra no meu Face. Tem tudo lá!.”  Mesmo achando um horror o atendimento, fui consultar o tal do Face. Adivinha? A pessoa não disponibiliza imagens para quem não é amigo dela. Nem dei retorno, fui buscar outro fornecedor.

Não é coincidência que atendimento rima com relacionamento. Relação comercial? Só no momento em que passamos o cartão de crédito na máquina, minha gente!  Tudo o que vem antes e depois é uma questão de sinergia, empatia e emoções que dão segurança e valor ao cliente. Comércio não é uma relação de números, mas de pessoas.

O que faz você comprar em determinada farmácia ou supermercado, por exemplo? O produto você encontra em qualquer estabelecimento, mas o bom atendimento e a confiança talvez não.

Avalie como você atende ao telefone, como responde um email, como constrói a sua rede de relacionamento nas mídias sociais. Qual a imagem que as pessoas têm de você?

Busque uma resposta para esta pergunta.

Não consulte as pessoas que gostam de você. Esteja preparado para ouvir críticas, sabendo separar o comentário de quem você é.

Reavalie os seus procedimentos. Quem não muda, não pode se adaptar. Quem não enfrenta adaptações não se desenvolve.

Tenha isso em mente.

Vamos reciclar tudo o que pudermos dos conceitos, pré-conceitos e preconceitos que nós temos.

É a minha proposta para que, além de um produto de qualidade, nosso mercado ofereça um atendimento excepcional.

 

Um beijo carinhoso

Um comentário:

  1. Com certeza, a forma como você se apresenta ao público exerce um efeito mais do que direto no seu trabalho, na sua produção. Temos que ser sensíveis a tudo isso no mundo competitivo de hoje, onde basta vc dar uma olhadinha do seu lado e já encontra uma outra amostra do produto que estava buscando.

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