Informação em Ponto (IP)- Com quais técnicas de artesanato você trabalha?
Thiago Rezende (TR)- Sou formado em Artes Visuais e sempre gostei de trabalhos manuais, mas com o projeto do Homem na Agulha me especializei em crochê, costura e bordado.
IP - Quando e com quem você aprendeu a fazê-las? Foi difícil aprender?
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Amigurimi feito por Thiago - Foto: Arquivo Pessoal[/caption]TR - Aprendi a costurar sozinho e testando os pontos, sempre me virei na hora de pregar um botão caído ou fazer um remendo na roupa. Tenho um daqueles kits de costura há anos na mochila. (risos)
O bordado também foi intuitivo e apareceu num trabalho que fiz pra faculdade de Artes Visuais. Foi meu primeiro contato com a lã. Bordei três imagens grandes de rostos em pesponto e ponto cheio, num lençol que herdei da minha avó. Já o crochê, aprendi os pontos básicos no YouTube, em março do ano passado, por conta de uma exposição de design de artesanato que trabalhei no SESC Pompéia, chamada “Desenho de Fibra”. Depois tive aulas com uma artesã de Brasília, a Mariana, que me ensinou a fazer os amigurumis.
IP - Quais das técnicas que você conhece que mais te encanta? Por quê?
TR - Com certeza é o crochê. Desde o começo eu fiquei apaixonado pela versatilidade das peças feitas com a técnica. Você consegue criar tudo, de toalhas e tapetes planos a objetos mais complexos tridimensionais, e tudo isso com uma simples agulha. É quase mágico ver a transformação do material.
IP - As peças feitas em crochê e as de tecido surgiram como na sua vida?
TR - Aprendi a dar volume no crochê fazendo pequenos animais, portanto os brinquedos estão presentes desde o começo. Com o tempo fui apenas aperfeiçoando as formas. Sempre que pego encomenda de um novo bichinho, vejo uma foto na internet e o produzo sem receita, a olho, mesmo. O legal é que o resultado final acaba sendo único, e os clientes gostam que seus bichinhos sejam exclusivos, diferenciados.
IP - Hoje você vive exclusivamente fazendo essas peças?
TR - Não, o crochê ocupa parte do meu tempo, mas por enquanto apenas nas horas vagas, porque também trabalho no setor educativo de museus e instituições culturais. Com a criação da marca Homem na Agulha, tenho me dedicado cada vez mais na criação e divulgação de novas peças pela internet. Espero em breve viver apenas do crochê.
IP - Além dos brinquedos você realiza oficinas de criatividade em público. Como começaram essas oficinas?
TR - Atendendo a inúmeros pedidos de amigos estou escrevendo um projeto para oficinas. Será muito legal ensinar crochê às crianças e aos adultos, principalmente outros homens, que ainda têm preconceito com a técnica.
IP - Por que você optou pelas agulhas gigantes?
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Thiago interagindo com uma menina durante ação performática no Sesc - Foto: Arquivo Pessoal[/caption]TR - As ações performáticas surgiram na época da exposição de artesanato. Usar agulhas gigantes de crochê e tricô faz ampliar visualmente os movimentos tão bonitos destas técnicas. De longe as pessoas reconhecem os gestos e a memória afetiva é automaticamente despertada. Lembro-me da minha avó sentada no sofá por horas fazendo toalhas de mesa com fios de algodão. Aumentar o tamanho das agulhas também faz com que elas fiquem mais lúdicas e divertidas. As crianças ficam hipnotizadas. (risos)
IP - Quais são os projetos para o futuro?
TR - Estou produzindo um imenso lago de crochê, em malha de algodão, para uma instalação de arte que será apresentada em outubro, num parque de São Paulo. E comecei a desenvolver uma coleção de objetos contemporâneos em crochê para casa.
Confira mais trabalhos do Thiago Rezendo (Homem na Agulha) nos seguintes endereços: http://www.facebook.com/homemnaagulha
http://thiago220781.wix.com/homemnaagulha
Confira mais fotos do trabalho do Homem na Agulha (Crédito/fotos: Arquivo Pessoal):
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Que incrível esse trabalho!!
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